domingo, 26 de abril de 2009

ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO

Realizando as leituras necessárias e pesquisando um pouco mais sobre os estádios do desenvolvimento segundo Piaget, procurei refletir um pouco mais sobre a importãncia de nós professores, conhecermos bem estas fases pelas quais nossos alunos passam e podermos estar então respeitando ainda de forma mais concreta o nível de desenvolvimento das crianças. Compreendo melhor o pensamento que eles apresentam em cada fase, auxiliando a criança na construção de seu conhecimento, não cobrando além do que ela pod eoferecer naquele momento de acordo com suas estruturas.
Porém também fiquei muito reflexiva a respeito da importãncia que o estímulo do meio tem no desenvolvimento da criança, não que isto seja uma novidade, mas quando lemos um teórico explicando estes porquês, parece que somos chamados a prestar mais atenção a realidade que se apresenta ao nosso redor.

" Em determinada populçãopodemos caracterizar os estádios por uma cronologia, mas esta é extremamente variável, depende da experiência anteriordos indivíduose não apenbas da sua maturação, depende principalmente do meio social, que pode acelerar ou retardar o aparecimentode um estádio. Ou mesmo impedir a sua aparição. "Piaget, 1972, pag200.

Segundo esta citação fica muito clara a importãncia que o estímulo ou não que a criança venha a receber do meio em que está inserida terá reflexo direto na sua construção de aprendizagem.
Na escola em que trabalho, lidamos com uma clientela, que não apenas pela carência material, mas também sócio-cultural, na sua grande maioria recebe poquíssimos estímulos da família, que tem papel fundamental no desenvolvimento da criança, pois esta só chega à escola por volta dos seis ou sete anos, onde já teria a oportunidade de haver passado por duas fases do desenvolvimento estando então já no início da terceira fase, mas estas crianças chegam com muitas defasagens, no que diz respeito às vivências anteriores que relacionem-se a experiências cognitivas de qualidade.
Compreendo perfeitamente que a idade não é o fator primordial e que também algumas crianças possuem dificuldades biológicas que venham a interferir na suas aprendizagens, mas essa influência que o meio possibilita enriquece muito o desenvolvimento da aprendizagem.
Não quero também dizer que todas as crianças menos favorecidas vão apresentar problemas de aprendizagem, mas o contato com esta realidade para mim é muito significativa e fica extremamente visível perceber que as crianças que possuem famílias um pouco mais estruturadas e preocupadas com a questão do desenvolvimento da criança, conseguem ter uma interferência e estes alunos apresentam um melhor desenvolvimento que os demais.
Nossa preocupação é tão grande, quanto à dificuldade que as crianças têm de desenvolverem seu pensamento lógico, que estamos procurando no projeto de escola contemplar o desenvolvimento da criança, através de atividades diferenciadas que estejam de acordo com as fases de desenvolvimento da criança e que possam estarem enriquecendo e estimulando as construções, afinal este é o papel do professor, proporcionar este estímulo para que a criança faça suas construções.

quarta-feira, 22 de abril de 2009


Realizar o mosaico étnico racial com minha turma foi uma experiência bastante gratificante, pois as crianças demonstraram compreender o processo de formação do povo brasileiro através da mistura entre índios, brancos e negros, apesar de serem crianças com pouco acesso a fontes de informação fora do ambiente escolar.

A turma toda participou com entusiasmo da construção do trabalho, e a parte que me chamou bastante a atenção foi o grau de dificuldade que tiveram de se representarem em um auto-retrato, como se lidar com sua imagem, com suas características físicas fosse algo muito complicado, apesar de no diálogo terem identificado facilmente os vários tipos de características físicas e interiores que diferenciam as pessoas, no momento de se desenharem aparecem algumas barreiras.

Mas fomos conversando eu fui orientando, conversando dando algumas dicas e aos poucos o trabalho foi se desenvolvendo, principalmente depois que eu me desenhei no quadro, então eles tiveram mais segurança. Acredito que a baixa auto-estima ppode ser um dos fatores dessa dificuldade apresentada.

Trabalhar com a poesia Diversidade de Tatiana Belinki foi muito legal, pois esta apresenta de forma divertida as diferenças que se fazem presente entre as pessoas, ressaltando para a atitude de respeito que é preciso ter diante das diferenças, classificando tudo como diferente, não melhor nem mais bonito, acredito que ainda será possível explorar um pouco mais o poema e o próprio tema da diversidade e do respeito a esta, então sem dúvida o trabalho foi um pontapé inicial para aprofundar o tema com as crianças.


sexta-feira, 17 de abril de 2009

APRENDIZAGEM

Na atividade de Psicologia em que deveríamos relatar uma aprendizagem siginificativa realizada nos últimos tempos resolvi fazer um relato da minha aprendizagem do uso do computador, que ainda está em construção!
Para mim foi o fato mais marcante do curso todo, pois foi uma barreira muito grande que tive que vencer, antes de iniciar o curso não sabia sequer ligar o computador, então não posso deixar de comentar que foi muito importante construir este novo conhecimento e atualmente poder estar usufruindo dos inúmeros benefícios não só na vida profissional mas também na vida pessoal.
Para construir esta aprendizagem precisei de um imenso esforço, alguma ajuda e principalmente precisei perder o medo de errar, de tentar e de refazer sempre que preciso. acho que isso é fundamental para se construir qualquer aprendizagem, a tentativa e o erro precisam ser valorizados, creio que este olhar devemos ter também para com nossos alunos.
Hoje me sinto feliz e realizada por ter tido a coragem de ingressar num curso à distância sem saber fazer as mínimas coisas necessárias, mas aprendi aos poucos e tenho muito ainda a aprender, já sabia que o computador tinha muitas utilidades, mas hoje não apenas sei disso como estar usufruindo um pouco de todos os benefícios.
Creio que uma marca da minha vitória com a questão tecnológica é que hoje estou trabalhando com duas turmas de 1º e 2° anos no Laboratório de Informática da escola, que ainda não possui Internet infelizmente, temos apenas um programa do governo federal já implantado nos computadores com atividades educativas, que ainda é muito restrito, mas para crianças da realidade em que estão inseridas, que dificilmente teriam a oportunidade de estarem em contato com um computador já é um avanço e espero que futuramente possamos estar incrementando esse laboratório se não com a internet pelo menos com outros programas diferenciados que possam enriquecer o desenvolvimento das crianças.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Iniciando um novo semestre

Inclusão Escolar
Certamente que a Constituição Federal de 1988foi um passo fundamental para o avanço da inclusão escolar no Brasil, promovendo então o bem-estar coletivo, sem discriminações e preconceitos, garantindo a todos o direito à educação, que promova o pleno desenvolvimento, o preparo para a cidadania e a qualificação para o trabalho.
Além disso a LDB( Lei de Diretrizes e Bases) de 1996 vem reforçar o que diz a Constituição e garante o acesso e permanência na escola, salientando o dever do Estado de promover o acesso dos estudantes com necessidades especiais preferencialmente na rede regular de ensino.
A educação inclusiva tem como um dos principais objetivos ampliar a participaçãodos alunos portadores de necessidades especiais nos estabelecimentos de ensino regular, que devem estar se reconstruindo e aperfeiçoando para promover o respeito a diversidade e proporcinar oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento global para todos, sem distinções.
Para que isso ocorra é necessário uma reorganização curricular, uma adequação do espaço escolar e uma adaptação dos processos avaliativos, de modo que possa atender as especificidades da clientela. A formação adequada para os profissionais da educação e o estreitamentoi da relação família e escola são fundamentais para garantir maior eficácia no atendimento ao aluno especial.
O ensino inclusivo respeita a diversidade e acaba com a separação entre normal e deficiente, reconhecendo que todos são diferentes, possuem características próprias e a escola precisa rever modelos educacionais já ultrapassados, repensando e modificando práticas, teorias, currículos, metodologias, enfim organizar-se de modo a atender às necessidades e especificidades dos educandos. É preciso partir da idéia de que todos podem aprender alguma coisa, o professor também precisa derrubar as barreiras que dificultam a aceitação da inclusão, mas é claro que para isso não basta a criação de leis, elas já existem e são claras, faltam ações, investimentos, debates e envolvimento por parte dos governos, das instituições e também dos profissionais da educação.